Hospital de Rio Preto usa 'pulmão artificial' para tratar paciente com Covid-19
Aparelho está sendo utilizado pela primeira vez na região em um homem de 48 anos.
Profissionais durante curso para operar ECMO.
Pela primeira vez, um hospital de Rio Preto está adotando a terapia baseada na Oxigenação por Membrana Extracorpórea, conhecida por ECMO (na sigla em inglês) em um paciente em tratamento contra a Covid-19. O equipamento está sendo utilizado em um homem de 48 anos, desde do último domingo, 11. O aparelho é o mesmo utilizado no suporte ao ator Paulo Gustavo, internado em hospital do Rio de Janeiro em decorrência de complicações da Covid-19.
O equipamento possibilita uma forma de respiração extracorpórea (fora do corpo), utilizada como recurso final quando aparelhos de ventilação mecânica, que atuam como respiradores artificiais, já não surtem mais efeito. É uma espécie de “pulmão artificial”, que drena o sangue para fora do paciente através de cateteres, faz sua oxigenação com auxílio de uma membrana polimérica e o devolve para o doente. O tratamento invasivo de suporte à vida pode ajudar a manter o paciente até que seu pulmão se recupere.
Para utilização do aparelho, uma equipe de profissionais de saúde do Hospital Austa realizou um curso intensivo sobre a oxigenação por membrana extracorpórea, utilizando a máquina, batizada de Sistema Solis, desenvolvida pela Braile Biomédica e pelo Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas (SP), uma das unidades da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). O curso reuniu 25 profissionais do hospital, entre médicos cirurgiões cardíacos e torácicos, pneumologistas, cardiologistas, intensivistas, perfusionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.
Para o cardiologista Mário Jabur Filho, é um grande alento para os profissionais de saúde disporem da oxigenação por membrana extracorpórea como alternativa terapêutica para os pacientes com quadro clínico grave, internados em UTIs. “O tratamento permite manter o paciente oxigenado nos casos em que o pulmão não é capaz de realizar a tarefa de oxigenação de maneira adequada, mesmo com o paciente intubado e recebendo oxigênio a 80%”, afirma.
Ele ressalta, no entanto, que o uso da Ecmo deve ser avaliado com bastante critério pela equipe multiprofissional. “Não são todos os pacientes que podem ter este recurso. Devemos avaliar uma série de aspectos clínicos e particulares do paciente, além de seu quadro de saúde, para decidir se usaremos a máquina de respiração extracorpórea, ressaltando complicações hemorrágicas e trombóticas, pois o paciente precisa permanecer anticoagulado”, explica o cardiologista.
Foi o que aconteceu com este paciente de 48 anos que internou no AUSTA hospital no dia 23 de março com covid-19. Seu quadro clínico não evoluiu de maneira satisfatória, e ele foi transferido para a UTI com insuficiência respiratória refratária. “Nossa equipe avaliou com bastante critério o quadro clínico e, considerando que as terapias até então adotadas não estavam surtindo efeito, decidiu pela Ecmo”, disse Jabur.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, na manhã desta terça-feira, 13, o paciente permanece internado na UTI.
Profissionais durante curso para operar ECMO.
Sistema Solis que realiza a ECMO.
O Austa Hospital, de Rio Preto, realizou, neste sábado (24), a primeira cirurgia de prótese de tornozelo da cidade, a mais moderna em utilização na medicina, que oferece vários benefícios ao paciente em comparação a outros procedimentos. A cirurgia chamada artroplastia foi feita na advogada Geisa Caroline Rodrigues da Silva, de 44 anos, moradora de Rio Preto, para substituir a articulação de seu tornozelo direito, inoperante devido à artrose, por uma prótese metálica super-resistente, feita de cromo cobalto e polietileno. Desde 2006, quando sofreu um acidente de carro, Geisa perdeu os movimentos do tornozelo e, ao saber da artroplastia, decidiu fazer. “A grande vantagem da prótese é que, sendo articulada, ela mantém ou recupera os movimentos do tornozelo. É uma das alternativas terapêuticas quando ocorre a artrose da articulação”, explica Dr. Márcio Figueiredo, médico do Austa Hospital, especialista em cirurgia de pé e tornozelo pela ABTPÉ. A cirurgia de prótese de tornozelo é indicada para pacientes cujo tornozelo sofreu algum trauma e, para este, não existem mais tratamentos não cirúrgicos. “Esta paciente sente dores no local, perda de movimentos, perda de qualidade de vida e a única solução é a cirurgia”, pontua Dr. Márcio. Geisa teve alta hospitalar domingo, somente um dia após a cirurgia, tempo curto de internação considerando a complexidade do procedimento. “A cirurgia foi tranquila e agora estou com muita esperança de recuperar os movimentos do tornozelo e minha qualidade de vida. Não vejo a hora de movimentar o pé!”, disse a advogada. A curta internação pós-operatória é um dos benefícios desta moderna técnica cirúrgica para os pacientes. Segundo Dr. Márcio, a cirurgia foi um sucesso, pois todo o processo foi realizado em um único dia, sem necessidade de transfusão de sangue ou internação em UTI. O procedimento é uma alternativa à cirurgia de artrodese, que envolve a fusão da articulação, resultando na perda de movimento do paciente. “Ao preservar a articulação, a artroplastia oferece melhor qualidade de vida ao paciente, pois ele mantém o movimento da região, realizando atividades do dia a dia com flexibilidade da articulação”, ressalta o médico. A artrose do tornozelo é, geralmente, resultante de um processo iniciado por entorse, contusão ou fratura do local, por exemplo, e atinge, em sua maioria, pacientes mais jovens. Diferente da artrose no joelho ou no quadril, que acometem mais os idosos devido ao desgaste desenvolvido pelo tempo de vida, e não por traumas acidentais. No tornozelo atingido, a cartilagem protetora entre os ossos se desgasta gradualmente, havendo um contato direto entre os ossos. Este causa a inflamação (artrite), provocando dor, edema e dificuldade para mover o tornozelo, comprometendo progressivamente a marcha. Esse desgaste da articulação é progressivo e compromete a qualidade de vida do paciente. Dr. Márcio salienta que a artroplastia não é a única alternativa terapêutica para este problema articular. Há também os tratamentos não cirúrgicos e conservadores, como fisioterapia, medicamentos, exercícios físicos, infiltrações, entre outros. “Quando a artrose entra em estado mais severo, estes cuidados não funcionam mais, a indicação é o procedimento cirúrgico para devolver qualidade de vida ao paciente”, afirma o médico do Austa Hospital. A paciente terá acompanhamento do cirurgião para avaliar a evolução clínica e decidir quando irá liberá-la para atividades físicas e tarefas do dia a dia que dependam do esforço do local operado. “O tempo de recuperação depende de cada indivíduo e da gravidade da artrose, porém, em média, de 20 a 30 dias, o tornozelo ficará imobilizado, o pé e a perna ficarão elevados até a retirada dos pontos. Dr. Márcio prevê que, em cerca de três meses, Geisa já poderá voltar às suas atividades normais, podendo também ser indicada reabilitações, fisioterapias, entre outros exercícios durante esse processo.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo mobiliza nesta terça-feira, dia 02 de abril, entidades, instituições e profissionais envolvidos com este transtorno com o objetivo de conscientizar a população sobre ele e combater a estigmatização e discriminação. Estima-se que haja cerca de dois milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e que 1 em cada 160 crianças tenha o transtorno no Brasil, segundo a Associação Amigos do Autista (AMA). A AMA ressalta que as pessoas com TEA precisam de serviços de saúde acessíveis para suas necessidades gerais de saúde, particularmente serviços para promoção, prevenção e tratamento de doenças agudas e crônicas, no entanto, em comparação com o resto da população, elas têm mais necessidades de saúde insatisfeitas e são mais vulneráveis. Esta realidade foi constatada pelos profissionais do Austa Medicina Diagnóstica, de Rio Preto, que então desenvolveram e implantaram uma estrutura especial de atendimento à pessoa com TEA que precisa fazer exames. “Criamos um ambiente acolhedor e inclusivo para que eles se sintam tranquilos. Cada criança com o transtorno recebe o cuidado e a atenção necessários, com respeito e empatia por parte de todos os profissionais, desde a recepção até pós exame. Os profissionais são treinados para oferecer atendimento personalizado, adaptado às necessidades individuais de cada criança”, explica Vinicius Coelho, gerente do Austa Medicina Diagnóstica (AMD), ligado ao Austa Hospital, de Rio Preto. A menina Nataly Elias Vargas, de 4 anos, é uma das pacientes beneficiadas pelo atendimento especial oferecido pelo Austa Medicina Diagnóstica. Há dois anos, a mãe de Nataly, Patrícia Duarte Vargas, ouviu falar do serviço diferenciado e levou a menina para fazer colher sangue. “Ao chegar no laboratório, a enfermeira já espera minha filha na porta e todos os profissionais já se mobilizam para coletar no menor tempo, pois ela tem nível 3 do TEA, sendo muito agitada e impaciente”, afirma Patrícia. Os profissionais do AMD priorizam a comunicação clara e eficaz com os pais e responsáveis pelo paciente, garantindo que estejam plenamente informados sobre o processo de atendimento. O atendimento envolve: - uso de recursos visuais: como vídeos e desenhos roteirizados, presentes no site do Austa Medicina Diagnóstica, tem como finalidade, ajudar as crianças a se familiarizarem com o ambiente e o procedimento do exame, fazem reduzir a ansiedade e o estresse associados ao exame. O vídeo mostra dois personagens Austin e Tobias, a história baseia-se o dia do exame, onde mostra toda trajetória da criança na coleta de sangue e nos exames de imagem; - a criança é presenteada com um “mimo”: é entregue após a realização do exame, demonstra nossa sensibilidade e preocupação com o bem-estar emocional dela, o que pode contribuir para uma experiência mais positiva; - acompanhamento personalizado: profissional é destacado para recepcionar a família e direcioná-los durante o processo do exame, pois isso demonstra todo o cuidado, dando um toque pessoal e atencioso ao serviço; - facilidade de acesso: Os exames de sangue são agendados via WhatsApp do laboratório (17) 99704-6332, e os exames de imagem pelo (17) 99125-1829), sem a necessidade de enfrentar filas no atendimento presencial, o cadastro é realizado após o envio de fotos do pedido médico, documento de identificação e carteirinha do convênio. O que é o TEA? A pediatra Niély Brazão, da Austa Clínicas, esclarece que o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses. “Dentro do espectro são identificados níveis de suporte que podem ser primários e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida”, pontua a pediatra.
Em parceria com o Instituto dos Cegos, Austa Hospital e o Austa Medicina Diagnóstica realizam consulta e exame preventivos de câncer de próstata em 36 deficientes visuais Passada a pandemia da covid-19, o Austa Hospital e o Austa Medicina Diagnóstica voltam a realizar este ano uma importante ação de prevenção ao câncer de próstata, no Instituto dos Cegos Trabalhadores de Rio Preto. Durante a manhã desta terça-feira (21/11), 36 deficientes visuais passaram por consulta com Dr. Glauco Veloso Rodarte de Melo, o médico urologista do Austa Hospital e coordenador da ação solidária. Na primeira ação, realizada em 2019, um dos 40 homens atendidos descobriu ter câncer de próstata. “Felizmente, houve tempo de realizar a cirurgia e ele está curado. Salvamos uma vida, o que recompensa o empenho de todos do Austa e do instituto envolvidos nesta iniciativa”, afirma o urologista. Pai de um deficiente visual, Dr. Glauco, ao ter contato com o Instituto, constatou à época que os homens com mais de 40 anos atendidos pela entidade jamais haviam realizado o exame preventivo. “Convidei o Austa Hospital para ser parceira nesta ação de prevenção e aderiu imediatamente”, conta o urologista. Além do hospital, o Austa Medicina Diagnóstica também participa, realizando os exames de PSA, sigla em inglês para o antígeno prostático específico, que tem por objetivo auxiliar o médico urologista na detecção, precoce ou não, do câncer de próstata e de outras doenças, como a hiperplasia prostática benigna e a prostatite. A fisioterapeuta Regiane Pires, coordenadora do Instituto dos Cegos Trabalhadores, destacou a importância da ação. Assim como em 2019, desta vez o professor de música Nei Cândido dos Santos fez questão de fazer o exame e passar pela consulta. “Para nós, que temos dificuldade de mobilidade pela cidade, é realmente complicado ir a um centro médico para fazer o exame. Com essa ação, fica mais prático para nós, que já estamos acostumados a vir aqui no Instituto”, disse o professor de música. O aposentado Ailton da Silva fez questão de se deslocar de Catanduva, onde mora, para ser avaliado pelo urologista, como fez em 2019. “Fazer o exame todo ano nos dá tranquilidade. Todos os homens têm que deixar a vergonha de lado e se prevenir”, afirmou. A importância da mensagem de Ailton fica evidente diante do resultado da pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) sobre a percepção do homem sobre sua saúde. No levantamento, apenas 32% dos homens acima de 40 anos disseram estar muito preocupados com sua saúde e 46% só vão ao médico quando sentem algo. Esse número aumenta para 58% se o homem utiliza apenas o SUS. Apesar do descaso, metade deles tem medo ou ansiedade quando pensam em sua saúde. Apesar de ser a doença mais prevalente da próstata, a hiperplasia benigna (HPB) é conhecida apenas por 43% dos homens. A maioria diz saber sobre o câncer (75%) e a prostatite (59%). O desconhecimento da HPB é maior entre os mais jovens, de 40 a 44 anos (apenas 39% sabem o que é), e entre os moradores da região Norte (33% sabem o que é). A estimativa é de que cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão algum grau de HPB. Na HPB a próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga em homens, aumenta de tamanho devido ao crescimento celular excessivo. E é mais comum em homens acima de 50 anos. Os sintomas incluem aumento da frequência ao urinar durante o dia, diminuição da força e calibre do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar e outros sintomas relacionados ao trato urinário. Esses sintomas ocorrem porque o aumento do tamanho da próstata pode comprimir a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. Isso leva a uma obstrução parcial do fluxo urinário e causa os sintomas mencionados. Além disso, a HBP também pode afetar o funcionamento da bexiga e dos rins. A obstrução do fluxo urinário pode causar um aumento da pressão dentro da bexiga, o que pode levar a problemas na capacidade de esvaziar completamente a bexiga. Isso, por sua vez, pode resultar em infecções urinárias recorrentes e outros problemas relacionados à bexiga. A identificação precoce dos sintomas da HBP é importante para que o tratamento possa ser iniciado imediatamente. Existem várias opções de tratamento disponíveis, incluindo medicamentos para diminuir o tamanho da próstata e aliviar os sintomas, terapia comportamental para melhorar o controle urinário e, em casos mais graves, cirurgia para remover a parte da próstata que está causando a obstrução. Alguns sinais e sintomas, embora não específicos do câncer de próstata, podem ser encontrados e merecem muita atenção: – sangue na urina ou no sêmen; – micção frequente; – fluxo urinário fraco ou interrompido; – noctúria (levantar-se diversas vezes à noite para urinar).